Joaquín Lorao Garcerán, engenheiro de riscos especialista em PCI da MAPFRE Global Risks, participou como moderador do bloco “Estado da arte das tecnologias PCI”, onde foram apresentadas as últimas tecnologias de proteção contra incêndios nas seguintes áreas.
- Sistemas de extinção automática com aspersores.
Diante dos problemas que a corrosão gera pelo alto grau de deterioração dos elementos que afetam sua eficácia e fiabilidade, José de Antonio (ENGINEERED FIRE PIPING) apresentou uma solução tecnológica que permite combater a corrosão interna dos encanamentos. Trata-se da tecnologia de inertização, que introduz nitrogênio de maneira controlada no sistema, representando um grande avanço.
A corrosão é causada pelo oxigênio preso no ar com a água nas tubulações e, embora o projeto e as boas práticas minimizem bastante o problema, as práticas rotineiras na indústria de aspersores tornam os problemas de corrosão inevitáveis ao longo do tempo.
Isto implica que tenhamos uma falsa sensação de segurança em instalações mais antigas, onde a corrosão, antes ou durante um incêndio, pode inutilizar um sistema por rompimento ou minimizar sua eficácia com base no aumento do coeficiente de atrito e possível estreitamento de seção, não considerado nos cálculos de projeto do sistema.
- Sinalização para evacuação.
Diante das dificuldades enfrentadas por uma grande porcentagem de pessoas com deficiência visual na evacuação em incêndios, especialmente no transporte ferroviário, Clemente Huerta apresentou a solução inovadora Navilens (IMPLASER), que permite orientação em caso de emergência por meio de um aplicativo móvel. Essa tecnologia é implementada por um aplicativo móvel que interage com a leitura e orientação em tempo real e integrada com etiquetas nos trens e estações.
Essa solução permite a evacuação, direcionando os usuários do trem até a saída da estação, mantendo a coerência entre a informação convencional (sistema de sonorização, sinalização, equipe da estação) e o aplicativo.
- Sistemas de controle de temperatura e extração de fumaça (SCTEH).
Santos Bendicho (SODECA) apresentou o novo guia para o controle de fumaça em câmaras frigoríficas do CLUSIC, além das chaves para o projeto do SCTEH em câmaras frigoríficas.
Algumas pessoas acreditam que não ocorrem incêndios em câmaras frigoríficas devido às baixas temperaturas. Infelizmente, levando-se em conta a inflamabilidade dos elementos e sua disposição, os incêndios são uma realidade.
Além disso, em muitos casos, quando as câmaras frigoríficas foram tratadas, evitou-se implementar o projeto SCTEH, regulamentarmente necessário, por vários motivos:
-
-
- A dificuldade de transferir fisicamente a fumaça ao exterior, pela existência em muitos casos do teto duplo (câmara mais nave e sua manta plenum entre ambas).
- O efeito que as baixas temperaturas podem ter nas câmaras, reduzindo a flutuabilidade da fumaça e dificultando a extração.
- As necessidades de desempenho de isolamento térmico exigidas para qualquer equipamento instalado no entorno.
- A falta de informação para o controle de fumaça em câmaras frigoríficas.
-
- Sistemas de detecção e alarme de incêndio.
Dados os problemas generalizados dos sistemas tradicionais em certos ambientes hostis com partículas suspensas, bem como em espaços com geometria singular, tanto pela eficácia da detecção como pela sua fiabilidade (alarmes falsos, degradação dos equipamentos), José Manuel Rodríguez apresentou a alternativa AVIOTEC (BOSH).
Essa solução tem como base a análise de imagem com algoritmos de Inteligência Artificial integrados com câmeras para detecção de fogo e fumaça visíveis, conseguindo obter uma proteção por detecção mesmo na escuridão total (0 lux) com apoio de iluminação infravermelha. Apresenta todas as vantagens oferecidas pelos sistemas de gravação em vídeo de imagens e integração com a central geral do sistema de detecção e alarme de incêndio.
Ao final das apresentações, estabeleceu-se um espaço para que os participantes pudessem trocar ideias, com contribuições de grande interesse, gerando debate a partir dos diferentes pontos de vista e conhecimentos refletidos entre os participantes.
Sem dúvida, o desenvolvimento tecnológico no setor de PCI na Espanha sempre ficou atrás de outros setores, em grande parte devido ao freio que implica o cumprimento regulamentar obrigatório, bem como pelo escalonamento temporal na evolução das normas, abandonando o aplicativo e o desenvolvimento das novas tecnologias de PCI.
Por este motivo, qualquer evolução tecnológica nos sistemas PCI será sempre bem-vinda, levando-se também em conta sua finalidade: garantir a segurança de pessoas e bens.
Autora do artigo:
Joaquín Lorao Garcerán,
engenheiro de riscos especialista em PCI da MAPFRE Global Risks.
Se você se interessou, continue lendo… Engenheiro de riscos da companhia de seguros