Há mais de três décadas, a MAPFRE dá cobertura não só a toda a frota de satélites da Hispasat, como também aos lançamentos, e por isso a relação de confiança mútua está mais do que consolidada.
Com o foguete Falcon 9, da empresa SpaceX, e a partir das instalações do Cabo Canaveral, na Flórida, no último dia 6 de fevereiro foi lançado o satélite número 13 da frota da Hispasat: Amazonas Nexus. Mais de 100 dias depois, a Hispasat confirma que já está operando em plena capacidade.
Nossa colega, Cristina Quintero, subdiretora de Subscrição de Aviação e Transportes da MAPFRE Global Risks, teve a oportunidade de assistir ao vivo. Em seguida, ela nos conta sua experiência pessoal.
Presenciar um lançamento é indescritível. Este é um evento muito restrito e, pela primeira vez, estivemos in situ. A meteorologia estava perfeita, sem uma nuvem, e ainda com lua cheia. Muitas emoções se misturam em apenas 35 minutos. Primeiro, a contagem regressiva, quando o coração bate a mil por hora, depois a explosão da ignição dos motores e ver uma bola de fogo começando a se levantar. E, em seguida, o barulho que chega muito depois, e é ensurdecedor. Vibra o chão e todo o corpo!
O Amazonas Nexus já tem mais de 100 dias proporcionado cobertura em todo o continente americano, de norte a sul do Atlântico e na Groenlândia; além disso, foi expressamente projetado para reduzir a brecha digital na América Latina e oferecer alta qualidade na conexão em aviões e barcos.
Fases do lançamento de um satélite Hispasat
A instalação de um satélite em órbita deve cumprir várias fases; a mais complexa e de maior risco para a apólice é o lançamento. Embora a confiabilidade dos veículos lançadores seja cada vez maior, sempre pode ocorrer algum evento que faça com que o satélite não alcance sua órbita de destino e, por isso, há a necessidade de contratar um seguro que resguarde seu investimento.
O lançamento leva cerca de 30 minutos e várias fases devem ser cumpridas com sucesso:
1. Decolagem do lançador, neste caso, o foguete Falcon 9, composto por duas etapas.
2. Separação da primeira etapa (reutilizável) e ignição da segunda etapa (não reutilizável).
3. Separação da coifa/fairing que hospeda o satélite e início de suas operações.
4. Recuperação e aterrissagem de primeira etapa na plataforma marítima não tripulada chamada “Just Read the Instructions”.
5. Recuperação das duas partes da coifa/fairing no mar graças ao paraquedas incorporado; tentarão recuperar com o barco de apoio.
Pouco a pouco vão sendo cumpridos os diferentes marcos do lançamento com sucesso: a conclusão da primeira fase e início da segunda; a recuperação da primeira fase do foguete, que volta a terra e aterrissa em uma plataforma teledirigida no mar, a cerca de 380 milhas da costa da Flórida; o encerramento da segunda fase e, por último, a separação do satélite de seu veículo lançador, que conclui o lançamento. É hora de comemorar. Pouco tempo depois, nos comunicam que o satélite Amazonas Nexus já se comunicou com a terra por telemetria e que tudo funciona bem. Outra celebração!
Posição final do satélite e operação
Nos próximos 15 anos, o tempo previsto para o satélite será “acompanhado em tempo real e contínuo a partir dos centros de controle”. Víctor Inchausti, chefe da equipe de Comunicação da Hispasat, diz: “O satélite encontra-se atualmente próximo de sua posição geoestacionária definitiva e já entrou na fase de testes em órbita, que inclui a implantação dos refletores para comprovar seu correto funcionamento. Daqui a algumas semanas, o satélite se deslocará para sua posição definitiva e começará a oferecer serviços”.
Graças a esse controle diário, se for detectado um mau funcionamento, o pessoal dos centros de controle é capaz de enviar comandos ao satélite para corrigir tanto a posição orbital, como para diagnosticar um possível mau funcionamento de algum componente e desviar o funcionamento a outros elementos que leva a bordo precisamente para responder a este tipo de incidências.
Para Inchausti, Para Inchausti, o principal objetivo do Amazonas Nexus é “atender às demandas de nossos clientes ao longo de todos estes anos graças à grande flexibilidade que proporciona seu processador digital inteligente” e, claro, também seria uma grande notícia superar esses 15 anos estabelecidos para a vida útil do satélite. Isso marcará um trabalho eficiente nas manobras realizadas em órbita durante todo esse tempo. Cedo ou tarde, o fim da sua vida útil chegará e será nesse momento que as últimas manobras serão feitas: “O satélite realizará um último movimento para se posicionar ainda mais longe da órbita geoestacionária, conhecida como ‘órbita cemitério’, cumprindo assim com as recomendações internacionais de direito espacial. Uma vez lá, ele se desligará, contribuindo para a sustentabilidade do negócio por satélite.”
Agradecimento
Para concluir, só tenho que reconhecer que assistir a um lançamento ao vivo é uma oportunidade única na vida e só tenho palavras de agradecimento para com a Hispasat por ter contado com a MAPFRE Global Risks para acompanhá-los em um momento tão importante e especial.
Cristina Quintero
Subdiretor de subscrição Aviação e Transportes – MAPFRE Global Risks