Existe relação entre a mudança climática e as intensas temporadas de furacões?
Os expertos em Mudança Climática da Organização Mundial Meteorológica (OMM) chegaram à conclusão de que mesmo não havendo provas que demonstrem claramente que a mudança climática influi na maior ou menor frequência dos furacões que se deslocam lentamente e chegam a terra, como foi o caso do Harvey, é provável que a mudança climática, induzida pelo homem, seja a causa de que as precipitações sejam mais intensas e que o atual aumento do nível do mar acrescente os efeitos das marés de tempestade.
A temperatura do mar é chave na formação de ciclones, quanto mais quente a água, mais evaporação é produzida em forma de umidade. Os furacões são formados com uma temperatura superficial da água de 26,5 graus e durante o furacão Irma, por exemplo, a temperatura era de 30 graus. Em 2017 o conteúdo calorífico dos oceanos atingiu valores recordes, situando esse ano entre os três mais quentes da história.
O aumento das temperaturas globais favorece a evaporação da superfície do mar e promove a formação e intensidade dos furacões.
O aumento das temperaturas globais favorece a evaporação da superfície do mar e promove a formação e intensidade dos furacões. Podemos dizer, que a gasolina dos furacões é o calor acumulado no mar, e que por cada grau centígrado extra de calor na atmosfera, o mar pode reter mais 7%.
Um exemplo dos efeitos devido a fatores ambientais alterados pelo aquecimento global foi o furacão Harvey.
Harvey foi um dos mais potentes da temporada de furacões do Atlântico em 2017, passou de ser uma depressão tropical a um potente furacão que tocou terra com categoria 4. Durante vários dias o furacão atingiu o Texas (EUA), logo com menos intensidade chegou à categoria 1, causando fortes chuva, com importantes inundações. Uma das possíveis causas poderia ser a elevada temperatura superficial da água, que promoveu a intensificação do furacão e também sua permanência.
O setor segurador e os eventos catastróficos
Para o setor segurador, os eventos catastróficos têm um impacto muito alto, tanto do ponto de vista das perdas humanas como das perdas econômicas.
Conforme explica o Departamento de Riscos Catastróficos da MAPFRE Global Risks, para as seguradoras é fundamental ter:
- Um detalhado conhecimento dos riscos segurados (sua geolocalização e a caraterística de seus ativos), para realizar uma correta seleção da proteção catastrófica.
- Um adequado gerenciamento e controle dos cúmulos para otimizar o uso do capital.
- Máxima colaboração e transparência entre segurado e segurador, para facilitar a melhor avaliação e avaliação do risco.
MAPFRE Global Risks realiza a gestão de mais de 800.000 situações de risco, em mais de 200 países.
Impacto econômico ao setor segurador
Eventos mais frequentes e seu impacto
De acordo com os últimos estudos, os eventos mais frequentes são os ciclones tropicais (furacão, tempestade, tufão).
Porém, mais da metade dos eventos são na América do Norte. Nesta região são registrados 60% dos danos causados pelos eventos catastróficos de maior impacto. A maior parte das perdas são geradas por furacões.
O ano 2017 foi o quarto ano em que dez tempestades tropicais consecutivas se transformaram em furacões. José foi o sétimo furacão mais longo desde 1966, com 16 dias e 12 horas de duração.
Distribuição histórica do número de Eventos de maior impacto
Fonte: Swiss Re Economic Research &Consulting
Distribuição histórica de DANOS ao setor segurador
Fonte: Swiss Re Economic Research & Consulting
A organização territorial como meio para minimizar o impacto da mudança climática
Uma das ferramentas para minimizar o impacto dos riscos da mudança climática, é a redução da exposição do território, graças a sua correta organização.
Por exemplo, as fortes inundações na Europa no mês de maio de 2016. Uma intensa tempestade com chuvas torrenciais, arrasou o sul da Alemanha, deixando precipitações superiores a 40 l/m2 em apenas 12 horas. Nesse mesmo período, o centro da França sofreu uma inundação de forma parecida, causando a maior crescida do Sena desde 1982. Os danos destes dois exemplos foram elevados, muitos causados por uma organização territorial não adequada, pois grande parte das infraestruturas estavam construídas sobre planícies de inundação de antigos rios, e o que aconteceu foi que a água reconquistou seu terreno, atualmente transformado em cidades.
O compromisso da MAPFRE com o meio ambiente
A MAPFRE tem um forte compromisso com o cuidado do Meio Ambiente e a Sustentabilidade. Apoiamos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, e contamos com importantes reconhecimentos:
- A MAPFRE alcançou a mais alta classificação no Pacto Global das Nações Unidas em questões de Responsabilidade Social Corporativa (RSE) durante seis anos consecutivos.
- Reconhecida como uma das empresas líderes na luta contra a mudança climática (CDP – Driving Sustainable Economies).