Entrevista com Ignacio Baeza, Vice-Presidente da MAPFRE e Presidente de Ofício e CEO da MAPFRE Global Risks
Gestão de Riscos e Seguros (doravante GReS): Recentemente, a MAPFRE aprovou uma nova estrutura para seu negócio de riscos globais. Quais foram os principais motivos para esta decisão estratégica?
Ignacio Baeza (doravante IB): Na MAPFRE, valorizamos com muita positividade nossa experiência de mais de dez anos no negócio de riscos globais, em condições de mercado soft durante todo o período. Além disso, o impacto dos eventos catastróficos, especialmente em 2017, tem demonstrado nossa capacidade e solvência para responder aos clientes, bem como a efetividade de nossas proteções de resseguro. Nesse contexto, temos total certeza de que seja o momento de dotar ao Grupo de maior capacidade para o gerenciamento deste tipo de riscos, ao mesmo tempo que se confere maior estabilidade e eficiência financeira. Além disso, esta nova estrutura possibilitará alavancar o avanço na qualidade do serviço que é prestado aos clientes.
GReS: Sob este novo enfoque, qual será o novo papel da MAPFRE Global Risks?
IB: A MAPFRE Global Risks continuará sendo a Unidade de Negócio da MAPFRE, especializada em fornecer soluções de seguros completas e inovadoras para grandes empresas, multinacionais e empresas de setores de atividades globais.
Por isso administrará, em coordenação com as entidades de seguros do Grupo, o negócio de grandes riscos e será responsável pelos aspectos técnicos do negócio, atendimento de sinistros, prestação de serviços e a atividade comercial. Os riscos serão subscritos pelas empresas da MAPFRE nos diversos países e ressegurados pela MAPFRE RE.
Continuaremos como até agora, na linha de rigor técnico na assinatura e conhecimento técnico dos riscos, alinhados na iniciativa estratégica do Grupo “Excelência na gestão técnica e operacional”, com foco no Crescimento Rentável.
GReS: Quais mudanças serão necessárias e quais melhorias a MAPFRE oferecerá ao mercado de grandes riscos nesta nova etapa?
IB: Sob esta nova configuração, o negócio dos seguros será suportado pela ESPANHA e seu negócio ressegurador pela MAPFRE RE. Isso permitirá otimizar o capital e os recursos do Grupo, bem como oferecer mais eficiência derivada das economias de escala. A respeito das pessoas envolvidas nesta nova configuração, significa uma oportunidade única para aproveitar ao máximo o talento que há muito tempo promovemos na MAPFRE.
Tudo isso nos permitirá dispor claramente de maior capacidade para o negócio segurador de grandes riscos, ao trasladar e unificar os fundos próprios da MAPFRE Global Risks para a MAPFRE RE, bem como ampliar a carteira de soluções de seguros. Tudo isso contribuirá, sem dúvida, para oferecer um melhor serviço aos clientes globais da MAPFRE.
GReS: Qual será o papel da MAPFRE RE neste novo esquema?
IB: A MAPFRE RE atuará como resseguradora única do Grupo nas modalidades de riscos administrados pela MAPFRE Global Risks, aproveitando sua maior dimensão e diversificação de carteira, para o que aumentará o porte do seu negócio.
Assim mesmo, a empresa potenciará a capacidade a serviço de seus clientes e ampliará sua oferta de soluções para ramificações e linhas de negócios nas quais não operava até agora.
GReS: A MAPFRE RE mudará em seu modelo tradicional de comercialização de resseguro?
IB: Absolutamente. A MAPFRE RE conservará, como até agora, a separação estrita entre o trabalho de resseguro, realizado para as diferentes entidades de seguros da MAPFRE, e o efetuado para outras companhias cedentes.
Com esta nova configuração, conseguirá se consolidar como uma das 15 primeiras resseguradoras do mundo, com mais de 5,5 bilhões de euros em prêmios anuais.
GReS: Qual é agenda marcada pela MAPFRE para a implantação plena desta nova reconfiguração?
IB: Estima-se que esta transformação esteja plenamente operacional em janeiro de 2019.