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Isolina Martínez - Presidenta de APICI

“A sociedade espanhola não é muito sensível ao risco de incêndio quando comparado a outros riscos”

Isolina Martínez Rodríguez, atual presidente da APICI (Associação de Profissionais de Engenharia de Proteção contra Incêndios).

A senhora é presidente da APICI espanhola desde junho deste ano. Quais são as principais linhas que deseja desenvolver em seu mandato?

A Espanha é um país onde a proteção de incêndios resulta, principalmente, da aplicação das disposições estabelecidas nos regulamentos prescritivos sobre Proteção Contra Incêndios (PCI). No entanto, os edifícios e indústrias a proteger são cada dia mais complexos. Por outro lado, a evolução das tecnologias de proteção está, na maioria das vezes, à frente das disposições desses regulamentos. Isso faz com que a aplicação da engenharia de segurança no planejamento de edifícios e indústrias contribua para uma melhor proteção. Esse é o foco da principal atividade da APICI: promover o melhor conhecimento da engenharia de segurança contra incêndios na sociedade.

Quais desafios a senhora se propõe enfrentar?

Meu principal desafio é continuar com as atividades realizadas até agora. Quero expressar minha felicitação aos membros da APICI, com a quais estou envolvida desde sua fundação e em sua trajetória nestes 25 anos. Por outro lado, é necessário manter e aumentar a colaboração da associação com todos os atores que têm alguma responsabilidade na segurança contra incêndios: administração, serviços de bombeiros e grupos profissionais que intervêm no processo de construção.

Proponho-me, igualmente, alinhada com o momento atual, que a APICI mantenha uma presença ativa nas redes sociais, com um site atraente que permita consultas entre os membros da associação, inclusive de profissionais de outras instituições, sobre tecnologias e novos sistemas de proteção contra incêndios.

 

Que relação tem a APICI com outras associações?

A APICI mantém relações estreitas com as principais associações do setor e, como consequência, importantes conquistas têm sido alcançadas. Entre as conquistas mais recentes, junto à CEPREVEN e à TECNIFUEGO, conseguimos resolver um problema importante relacionado com a instalação de aspersores ESFR, solicitando e conseguindo a aplicação do princípio de reconhecimento mútuo. São frequentes as ações conjuntas em jornadas e eventos, na SICUR, em congressos, entre outros. Com a AENOR, participamos em comitês e subcomitês da UNE. Da mesma forma, a AERME, a APTB e a ASELF são associações com as quais mantemos uma relação muito dinâmica, inclusive compartilhando muitos de nossos integrantes.

 

Que outros vínculos e relações a senhora considera incorporar e reforçar?

O setor da segurança no trabalho, até hoje, corre em paralelo com o marco legislativo sobre PCI. A Lei de Proteção de Riscos Trabalhistas exige a garantia de proteção eficaz dos trabalhadores e demais ocupantes contra todos os riscos que os possam afetar, sendo o incêndio um dos riscos a considerar e um mandato tão amplo e exigente como o de “garantir proteção eficaz”, que obriga a estudar a segurança contando com as ferramentas disponíveis na engenharia da segurança contra incêndios. A complexidade das construções atuais exige uma proposta que englobe situações para as quais a regulamentação atual não tem resposta, e que poderiam encontrar solução com a aplicação de códigos de benefícios.

Pretendo reforçar as relações com os organismos da administração responsáveis pela elaboração e aplicação dos regulamentos para colaborar em uma adequada interpretação desses Códigos.

 

De izquierda a derecha: Pedro Soria, Joaquín Lorao, Aurelio Rojo, Isolina Martínez y Eduardo García Mozos, delante del edificio de la sede social de MAPFRE.Quanto à sua trajetória como docente, que formação a senhora considera indispensável para a sociedade relacionada à proteção contra incêndios?

A sociedade espanhola, em geral, não é muito sensível ao risco de incêndio quando comparado a outros tipos de risco. Por isso, considero de maior interesse a formação sobre o risco de incêndio e seu controle em todos os níveis, além dos próprios profissionais que intervêm normalmente no processo construtivo, como arquitetos e engenheiros. Gostaria, igualmente, de conseguir da convocação de novos cursos do Mestrado de Engenharia de Proteção Contra Incêndios que alcancem a condição de titulação oficial.

 

Quem são os membros que compõem o conselho da APICI, que a acompanham em seu mandato e a senhora considera que o caracterizam?

O atual conselho de administração da APICI está composto por profissionais de reconhecida solvência do mundo da engenharia da segurança contra incêndios. Eduardo García Mozos, diretor de Engenharia da MAPFRE Global Risks, é um dos três vice-presidentes no atual conselho de administração da APICI.

 

A relação da APICI com engenheiros da MAPFRE Global Risks e com a Fundación MAPFRE é constante ao longo do tempo. Que sinergias compartilham as três entidades?

A APICI mantém, desde suas origens em 1997, excelentes relações com a MAPFRE Global Risks e com a Fundación MAPFRE. Essas parcerias deram importantes frutos, como os Congressos Internacionais sobre Engenharia de Proteção de Incêndios ou o Mestrado de Engenharia de PCI, em colaboração com a ICAI da Universidade de Comillas na Espanha.

Neste sentido, confio que a APICI siga sendo merecedora da confiança da MAPFRE Global Risks e da Fundación MAPFRE, realizando e ampliando a excelente colaboração na área de proteção de incêndios.

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